segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Capítulo 2 "Stolen Heart"

 Já era o outro dia, o da viagem de seus pais, que iriam sair bem cedo. A princesa sabendo disso, acordou mais cedo ainda e preparou uma surpresa para eles, ela, com a ajuda dos cozinheiros, preparou um café da manhã especial. O rei e a rainha, assim que viram logo ficaram bastante felizes com o gesto da filha. Todos sentaram e mesa e comeram, e assim que acabaram, se prepararam para a partida.
   Com tudo já pronto, foram para fora de castelo e se despediram.
 - Boa viagem para vocês, vou sentir saudade! - falou a princesa quase chorando
 - Ora, filha, não chore! Também vamos, e olha só, esses dias vão passar mais rápidos do que você pensa. - falou o rei a abraçando.
 - Seu pai tem razão, logo estaremos de volta. - Sua mãe dessa vez
 - Assim espero! - mentiu.
  Então, o rei e a rainha logo se foram. Lorena, ficou feliz com isso, agora poderia sair sem se preocupar.
  Ela entrou e foi direto para seu quarto. Ficou por lá conversando com Maria até chegar à tarde, onde ia colocar sua ideia em prática. Comunicou com a mulher o que iria fazer, mas ela não gostou muito.
 - Senhorita, não pode sair, sabe disso!
 - E quem vai me impedir? O rei e a rainha não estão no castelo, posso fazer qualquer coisa!
 - Mas e se der problema depois? E se, se meter em alguma confusão? - falou Maria preocupada.
 - Não se preocupe, Maria! Vai dar tudo certo. Confie em mim. - falou determinada.
 - Tudo bem, mas e os guardas?
 - Você pode distrai-los para mim.
 - Eu? Não, não senhorita!
 - Ah, por favor, Maria! Por favor, faz isso por mim! - implorou Lorena quase chorando.
 - Ah, ok! Tudo bem. Com tanto que não sobre para mim depois... - Lorena não podia se conter de felicidade.
 - Obrigada, obrigada, obrigada! - agradeceu à abraçando - e não se preocupe, nada vai acontecer!
 - Bom, seja o que Deus quiser! Vamos, lá! - falou saindo.
 - Espere, deixe só eu por isso. - falou colocando uma capa com capuz - vai que tenha algum guarda por aí, não vamos correr esse risco! - falou sorrindo fazendo Maria rir.
  Então assim foi, as duas saíram do quarto e foram para a entrada principal. Conforme o plano, Maria distraiu os guardas e Lorena logo conseguiu sair. Caminhou até um dos portões, olhou bem para o lado de fora e andou até a aldeia.
  Chegando lá, se admirou com o que viu, pessoas humildes trabalhando para todo o lado. Continuou seu caminho, observando tudo, até chegar em um campo onde havia algumas pessoas e vários cavalos. Foi para perto de um e começou a acaricia-lo, mas de repente, de relance, viu um dos guardas do castelo conversando com um homem. Não pensou duas vezes e saiu dali o mais rápido possível, chegando assim, a outra aldeia. E mais uma vez, caminhou observando tudo, estava tão distraída que nem viu o que vinha pela frente, quando se deu conta, já estava no chão.
 - Aí! - exclamou.
 - Me desculpe... - disse um rapaz.
 - Por que não olha por onde anda? - falou brava.
 - Me desculpe de novo, eu não vi você. - falou dessa vez ajudando Lorena a se levantar.
 - Tudo bem, acho que você não fez por... - assim que olhou melhor para a pessoa que havia a derrubado, seu coração bateu um pouco mais acelerado que o normal. Ele era um rapaz alto, loiro de olhos castanhos esverdeados, e pelas suas vestes parecia um morador humilde do local. O rapaz, por sua vez, ficou a observando com um brilho no olhar, seu coração também bateu mais acelerado que o normal. Lorena, perdida em seus olhos, logo acordou do transe com alguém gritando:
 - Ei, seu ladrãozinho, volte aqui imediatamente! - era um senhor gordo e com um bigode de chamar a atenção, estava vindo em direção aos dois.
 - Essa não! Tenho que ir! - falou correndo.
 - Espere, qual seu nome? - já era tarde, o rapaz já estava longe. Lorena ficou ali com um sorriso bobo no rosto, observando aquele homem gordo correr atrás do rapaz loiro.
  Depois de um tempo refletindo sobre o que houve, pôs-se a caminhar de novo. Andou até o campo mais uma vez, mas para sua sorte, o guarda já não estava mais lá. Ela ficou acariciando os cavalos, deu comida a eles, atreveu-se até a andar em um. E correu tudo bem. Algumas horas depois, ela estava a caminho do castelo, estava passando por uma floresta, quando de repente apareceram três homens a sua frente. Ela logo notou que coisa boa não iria acontecer.
 - Ora, ora... o que temos aqui... - disse um deles.
 - Uma jovem andando por aí sozinha feito você... é perigoso, sabia? - disse com um sorriso amedrontador no rosto.
 - Não se aproximem de mim! - exclamou com medo - se não...
 - Se não o que? Está sozinha, menininha - disse se aproximando e rindo.
 - Vocês por acaso têm ideia de quem sou?
 - Hum... não! - riram - E quem seria você?
 - Sou a filha do rei!
 - Espere... você é uma princesa? - perguntou um deles.
 - Exatamente!
 - Ora, por que não disse antes? - disse o outro - Sabe o quanto você é valiosa?
 - O quanto nos dariam por você? - disse o terceiro - Vamos ficar ricos!
 - Espere, o que? - eles estavam chegando cada vez mais perto - Não, por favor, não façam nada comigo! Por favor, não se aproximem! - disse a princesa agora apavorada.
 - Não se preocupe, se você se comportar nada irá lhe acontecer... - falou com aquele sorriso amedrontador de novo
 - Não, por favor! - gritou
 - Ei! - alguém diz - Vocês não têm vergonha de assustar essa pobre jovem? - quando Lorena olhou para ver quem estava prestes a ajuda-la, teve uma alegre surpresa, era o mesmo rapaz com quem havia trombado antes.
 - Ora, vejam só rapazes, se não é o ladrão da aldeia! - riram.
 - Posso ser ladrão, mas pelos menos não machuco as pessoas! E nem assusto elas com essas caras de burros famintos! - riu.
 - O que você disse? - falou um dos caras já irritado. Os três então, puseram a atacar o rapaz, mas ele era mais rápido e esperto, sendo assim, golpeou os três na cabeça, fazendo com que eles caíssem desmaiados.
 - Você me salvou! Obrigada. - falou Lorena fazendo reverência.
 - Não tem porquê agradecer! - sorriu - só fiz o que qualquer um faria, alias... não podia deixá-los machucar uma moça tão bela quanto você.
 - Obrigada, de novo. - falou dessa vez meio envergonhada - afinal, posso saber o nome do meu herói? - riu.
 - Ah, me desculpe, onde estão meus modos? Me chamo Ross. - falou tirando sua boina e fazendo reverência.
 - Ross... que belo nome. - Sorriu. - Me chamo Lorena.
 - Lorena...? Espera! - disse confuso - Lorena, filha do rei Edgar II?
 - Sim! - sorriu.
 - Oh, essa não... o que faz fora do castelo, princesa? - perguntou espantado.
 - Bom, como eu estava cansada de ficar lá presa, aproveitei que meus pais foram viajar e vim conhecer o mundo aqui fora.
 - Nossa... você não deveria ter feito isso, se eles descobrem...
 - Por que todo mundo tem medo do que pode acontecer se meus pais descobrirem que estou aqui fora? Não vai acontecer nada! Não se preocupe!
 - Bom, sendo assim... bem-vinda ao lado de fora! - riram - o que está achando até agora?
 - Bem agitado! Mas eu gostei até porque... se eu não tivesse saído, não teria esbarrado em você. - disse meio vermelha.
 - Não sei se isso é bom ou ruim... - falou o rapaz fazendo os dois rirem.
 - Bom... com certeza bom... - sorriu. Ele retribuiu o sorriso.
  Os dois ficaram ali sem dizerem uma palavra, apenas se olhando por alguns instantes até que o rapaz resolve quebrar o silêncio dizendo:
 - Me desculpe de novo por lhe ter feito cair. Eu estava meio que com pressa e...
 - O que aquele homem disse, é verdade? - perguntou o cortando.
 - O que?
 - De ter lhe chamado de ladrão. - falou séria.
 - Ah, bom... sim, mas eu posso explicar! - disse o rapaz nervoso.
 - Bom, estou a ouvir. - falou a princesa se sentando na grama, encostando-se a uma árvore.
 - Sério? - perguntou surpreso - Bom... - se sentou também - eu venho de uma família numerosa muito pobre, não temos dinheiro para quase nada, nem mesmo para comer. Então, uma certa vez não aguentando mais, resolvi "pegar" alguns pães para mim e minha família. Desde esse dia, mesmo meus pais não gostando da atitude, roubo comida. Ou isso, ou morremos de fome. - falou triste de cabeça baixa.
 - Nossa, que triste... bom, para mim isso não é errado, afinal, está roubando pois passa necessidades, você e seus familiares. Eu não o condenaria!
 - Sério? Obrigado, eu acho... - falou meio tímido.
 - Oh... está quase anoitecendo! - falou olhando para o céu - Preciso voltar ao castelo!
 - Pois é, por que se seus pais...
 - Por favor, chega de falar deles! - disse mais uma vez o cortando - E outra, não estou preocupada com eles e sim com Maria.
 - Quem é Maria?
 - A arrumadeira. Digamos que ela seja a pessoa que mais cuidou de mim e que mais sabe tudo sobre mim também! - falou se levantando.
 - Ah... - se levantou também - Bom, eu vou lhe acompanhar!
 - Ah, não precisa.
 - Sim, precisa sim! Não quero que nada aconteça a essa bela princesa que é você! - falou o jovem rapaz sem perceber.
 - Tudo bem, então... - disse envergonhada e sorrindo.
  Então os dois se puseram a andar. Pelo caminho todo, tanto Lorena quanto Ross trocavam olhares constantemente. Sempre sorrindo um para o outro.
  "Ai, ai... ele é tão lindo e corajoso... seu sorriso é tão perfeito... seus olhos são tão hipnotizantes... acho que estou apaixonada..., mas, será que realmente encontrei o amor da minha vida?", pensou a princesa.
"Ela é tão linda e doce, a inocência em pessoa... seu sorriso faz com que meu coração bata mais forte... seus olhos, os quais fiquei perdido... acho que estou apaixonado... será que finalmente achei o amor de que tanto minha mãe falava?", pensou o rapaz.
  Mal sabiam eles que sim, já estavam apaixonados um pelo outro. Seus corações batiam em uma bela sincronia. Mas, se esse amor for real, será que vai sobreviver? Lorena vem de uma família da realeza, cheia de riquezas e glórias. Já Ross, vem de uma família muito pobre e humilde. O que o rei irá pensar ao descobrir que sua única filha se apaixonou por um simples plebeu que não tem onde cair morto?
  Continuando o caminho, ainda sim se entreolhando, o jovem casal chega ao castelo. Lorena se despede do rapaz com um beijo em sua bochecha, e quando já estava prestes a entrar, o mesmo a chama:
 - Espere, princesa!
 - Sim? - falou se virando para trás.
 - Me diga, preciso saber, alguma vez a verei de novo? - Lorena sorri e diz
 - Claro que sim, meu herói.
 - Vou esperar ansioso por esse dia. - falou sorrindo.
 - Eu também. Agora preciso ir. Tchau! - falou entrando.

 - Até logo.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Capítulo 4 "O Fugitivo"

{ponto de visão Gabs}
   Oi, meu nome é Gabriella, mas todos me chamam de Gabs, tenho 23 anos, sou freelance e estou ajudando a achar a família desse tal de Ross.
  Depois de sair da casa de Looh, fui direto para casa me arrumar para esse tal jantar que Riker me convidou. Guardo minha moto com o capacete na garagem e subo diretamente para o meu quarto, abro meu armário e escolho um vestido preto e azul que tem um shortinho em baixo, jogo-o em cima da cama e vou para o banheiro. Ligo a banheira e escolho minhas bijuterias e meu salto preto. Tomo banho, me arrumo e olho meu relógio.
-Caramba já são 20:45. Vou pegar minha jaqueta e acelerar para chegar as 21:00.
  Desço correndo, coloco minha jaqueta, o capacete e envio uma mensagem para Sam e para Riker dizendo “Estou indo”.  Subo em minha moto e vou direto ao restaurante. Chegando lá, ele estava me esperando na porta com um buquê de rosas vermelhas e amarelas em sua mão. Entrego minha moto e meu capacete ao vallet e vou ao seu encontro.
- Você está deslumbrante para quem veio de moto a 100 km/h. - Ele me abraça e me entrega o buquê
- Obrigada, você também está muito bonito com esse terno. - Olho as rosas e volto meu olhar para ele. - Vamos entrar?
-Claro, estava esperando minha bela acompanhante! - Ele coloca sua mão em minhas costas e me guia até uma mesa iluminada com um candelabro todo detalhado.
    Nos sentamos um de frente para o outro e fomos atendidos, recebemos nosso cardápio e Riker já pediu de imediato uma garrafa do melhor vinho do restaurante. O garçom se retirou e ficamos analisando as opções do cardápio. Quando o vinho chegou, pedi um prato com frango “canard à l’orange” (pato com laranja) enquanto ele pediu um prato com carne “gigot d’agneau” (Pernil de cordeiro). Enquanto estávamos degustando o vinho resolvi colocar o plano em prática.
- Então... Você nunca me falou sobre você ou sobre sua família... Tem irmãos? - O pergunto com interesse nos olhos.
-Bom... Tenho irmãos sim, somos em 5. - Ele pousa sua taça na mesa e me olha intrigado.
- Deve ser uma casa bem movimentada, como eles são?
-São parecidos comigo, mas perdi meu irmão quando tinha 9 anos para uma doença horrível. - Ele diz com lágrimas no rosto.
- Sinto muito. Olha, nossa comida chegou. - Digo quando o garçom colocou os pratos em nossa mesa.
   Enquanto estávamos comendo ficamos conversando sobre a cidade e entre outras coisas variadas para ele não desconfiar de nada. De gole em gole, acabamos com 2 garrafas de vinho, mais ele do que eu na verdade. Quando estávamos falando de vezes que ficamos no hospital, encontrei a brecha perfeita para falar do Instituto Saarne.
- Já ouviu falar do Instituto Saarne? - Digo ainda com um sorriso da última história desastrada de quando ele se machucou.
- Sim, já ouvi falar, acho um lugar bem triste até, parece uma prisão. - Ele me responde com um olhar interessante.
-Eu também acho, fico triste até de lembrar da avó de uma amiga que está internada lá dentro. Conhece alguém que trabalha ou está lá?
-Conhecia na verdade, meu irmão que morreu. Foi dado como morto a algum tempo atrás. Estava próximo do aniversário de 21 anos dele, eu ia visita-lo todo ano em seu aniversário. - Ele me respondeu triste.
- Nossa, ele era tão novo... Qual era o nome dele? - Aproveitei que ele já estava embriagado e estava chamando o garçom para pedir a conta.
- Era Ross, sofria de Síndrome de Capgras, ele acabou pulando de uma janela pelo que eu soube pelos médicos que me ligaram. - O garçom entrega a conta, ele paga e começamos a ir para a porta.
- Obrigada por tudo Riker, e mais uma vez, sinto muito pela morte do seu irmão. - Estava indo em direção a minha moto quando ele segura meu braço e me puxa- Mas que dia...
    Ele então me abraçou e começou a chorar. O abracei e tive que solta-lo para poder ir diretamente para a casa de Looh contar o que tinha acontecido e sobre o que descobri dele e dos familiares. Precisava me livrar dele e ir diretamente para lá.
- Obrigada... Por se importar tanto comigo... - Ele tira uma caixinha do bolso do paletó e me entrega. - É um cantil de prata. Sei o quanto gosta de levar bebida no bolso. Bom tenha uma boa noite, se precisar de mim estarei no Dodgers.
-Obrigada Riker, sabe onde me encontrar. - Aponto para o celular e vou em direção a minha moto.
  Depois de dirigir por 10 minutos, cheguei na casa de Looh. E imediatamente desci da moto, toquei a campainha e esperei ansiosamente para que alguém atendesse a porta. Esperei, esperei e esperei, portanto ninguém atendeu por ser mais de 2:00 da madrugada. Resolvi mandar algumas mensagens para Sam para saber onde ela estava.
*Mensagem on*
Gabs2309: Sam?
Sam256: Fala puta
Gabs2309: Onde vcs estão?
Sam256: estamos na casa da Loh ue
Gabs2309: EU ACABEI DE ESPERAR POR VINTE MINUTOS AQUI NA FRENTE BUÇANHA!
Sam256: ah foi mal não ouvimos a campainha.
Gabs2309: abre a garagem para mim pfv.
Sam256: Blz to abrindo.
*Mensagem off*
    Depois de alguns minutos esperando, Sam abre a porta da garagem. Puxo minha moto para dentro e vou ajudar ela a fechar a porta que parecia estranhamente leve. Sam me acompanhou até a sala onde encontramos Ross e Looh descendo as escadas rindo da cara da Sam. Sentei no sofá e todos se sentaram à minha volta.
- O que conseguiu descobrir sobre o Ross e a família dele? - Perguntou Looh
- Bom, primeiro que o seu sobrenome Ross, é Lynch e você tem 3 irmãos e 1 irmã. E... que sua família acha que você está morto...
-COMO É QUE É?! - Os 3 gritaram juntos.
- Falem baixo! Riker é seu irmão mais velho, ele ia sempre te ver no seu aniversário, quando você fugiu, os médicos ligaram para ele e disseram que você tinha se jogado de uma janela e tinha morrido com a queda. Você estava sendo tratado com vários remédios para esquizofrenia e Síndrome de Capgras. Pelo que ele me contou ninguém comenta sobre você em casa desde quando foi levado aos seus 9 anos... - Digo séria.
- Isso está me cheirando a treta. - Looh fala e olha para o Ross.
- Temos que pesquisar tudo que puder sobre isso! -Sam exclama entusiasmada. - Precisamos de históricos médicos, reportagens de quando Ross foi colocado lá... Tudo que possa ter alguma evidência do porquê de você ter sido internado naquele lugar horrível. - Ela olha para Ross e para mim.
- Eu posso tentar conseguir os documentos hospitalares do Instituto enquanto vocês pesquisam sobre o Ross e sobre a família dele.- Digo tentando organizar as coisas.
-Beleza então, mas como vai fazer isso? - Looh me encara com ar de superioridade.
-Você esqueceu que sou freelance e tenho um golpe na manga chamado suborno? Já fiz isso naquele hospital, posso fazer de novo. - Digo me garantindo.
- Então é melhor todo mundo dormir porque amanhã o bagulho vai ser louco. - Sam diz empurrando todo mundo escada acima.
   Então eu peguei minhas roupas no bagageiro da moto, tirei a maquiagem e fomos cada um dormir em um cômodo da casa. Loh e Sam no quarto dela, Ross no quarto de hóspedes e eu fiquei na sala próxima a lareira. Comecei a pensar em toda essa treta e como eu iria fazer isso... foi aí que lembrei do meu contato que trabalha no Instituto Saarne. Já sabia como tinha que fazer e o que fazer, só precisava de U$ 20.000,00 (vinte mil dólares) e eu já tinha essa grana na moto.
  Na manhã seguinte, todos acordamos bem cedo para colocar o plano em prática. Tomamos um café reforçado e começamos a nos preparar para fazer as coisas, Looh e Ross ficariam aqui pesquisando na internet sobre a família dele, enquanto Sam ia para o antigo jornal da cidade e eu ia para o Instituto Saarne, mas antes, precisei mandar algumas mensagens...
*Mensagem on*
Gabs2309: Luis, preciso de um favor...
Luis753: Fala ae
Gabs2309: Preciso de todo o histórico hospitalar de ROSS LYNCH ou LOIRO NUMERO 8 do Instituto Saarne.
Luis753: Sabe meu preço...
Gabs2309: Sei, quando estiver com os papeis me entregue que te entrego em dinheiro vivo.
Luis753: Frete é mais caro...
Gabs 2309: Eu vou buscar né animal. Marca um local discreto.
Luis753: blz.
*Mensagem off*
     Sam se encontrou comigo na garagem e pediu uma carona até o jornal. Subimos na moto e tive que ir a 60 km/h já que Sam tem medo de ir rápido demais. Enquanto estávamos indo resolvemos passar na delegacia e falar com o delegado que também era um contato meu. Peguei U$ 500,00 no bagageiro e fomos direto na sala do delegado. Chegando lá, ele nem ficou espantado.
-Senhorita Neves, que prazer em vê-la. - O delegado nos cumprimenta.
- Olá Erikson, também é um prazer em vê-lo.- Ele nos mostra as poltronas, vamos em direção a elas e nos acomodamos.
- O que precisa Neves?
-Preciso de todos os arquivos relacionados aos Lynch de 13 anos atrás até esse ano.
- O que ganho com isso?
  Eu retiro da minha jaqueta um envelope com o dinheiro e jogo em sua mesa. Ele analisa rapidamente minha face e pega o envelope, o abre sem tirar o conteúdo, conta e me olha novamente sem reação.
- Passe aqui mais tarde que terá o que precisa.
-Obrigada, bom temos que ir. Obrigada pela atenção delegado. - Ele nos acompanha até a saída.
   Voltando as ruas de Louisiana, passamos pela casa dos Lynch onde Riker se encontrava na varanda, ele me viu e acenou, acenei de volta e quando notei ele tinha voltado a beber seu whisky com gelo. Uma mulher, provavelmente a Sra. Lynch, aparece e se senta ao seu lado, parecia estar brigando com ele e o arrastou para dentro. Continuamos vagando a 60 km/h até chegarmos ao jornal “Abelha Diária”, deixo Sam e estaciono em um posto de gasolina para abastecer. Enquanto isso recebi a mensagem que precisava.
*Mensagem on*
Luis753: Dodgers ao meio dia
Gabs2309: Estou abastecendo e vou direto
*Mensagem off*
    Termino de abastecer a moto, pago com meu cartão e vou para casa trocar de roupa. Chegando lá, encosto minha moto na garagem e vou me trocar. Coloco uma calça rasgada preta, uma blusa de caveira vermelha e minha jaqueta. Subo na moto e dessa vez saio acelerando a 100km/h em direção ao bar Dodgers. As 11;59 estava estacionando quando vejo Luis, meu amigo chegando com uma pasta grossa do Instituto. Resolvo dar um susto nele chego em suas costas silenciosamente e...
-PA! - Ele toma um susto tão grande que dá um salto e quase derruba os papéis.
- Por amor a Lúcifer Gabs!
- Aí como eu amo isso! - Dou um abraço nele e o puxo para dentro.
- Trouxe o combinado? - Ele diz puxando uma cadeira no fundo do bar.
-Sim. E como combinado...- Tiro os envelopes de debaixo da jaqueta e o entrego. - Em dinheiro vivo. Onde está sua parte?
- Aqui...- Ele me passa a pasta e eu guardo em meu colo. - O que acha de uma porção de fritas para disfarçar?
- Boa ideia. - Vou até o balcão e peço as fritas e dois chopes. Volto para a mesa e me sento.
    Ficamos conversando sobre nossos trabalhos, amigos, dinheiro, e comemos 3 porções de fritas com queijo e 2 chopes cada um. Enquanto conversávamos percebemos que meu celular tinha apitado e era uma mensagem do delegado e 2 da Sam. A do delegado dizia “consegui o que pediu, venha buscar”, e as da Sam dizia “Hey consegui.” e “Poderia vir me buscar?”.
- Bom tenho que ir, obrigada pela ajuda. - Digo me levantando e pegando a pasta. - Dessa vez é por minha conta. - Deixo o dinheiro em cima da mesa e saio.

    Novamente nas ruas, passo no Jornal e ajudo Sam a colocar as coisas no bagageiro com a pasta do Instituto e vamos direto para a delegacia onde o delegado estava nos esperando em sua sala com algumas pastas. Entramos, pegamos, colocamos tudo na moto e fomos para casa da Looh.

Capítulo 4 "O Ritual"

Nessa mesma hora em outro canto da cidade...
- Você perdeu a bolsa?
- Eu esqueci quando esbarrei naquela moça, eu...
- Sem desculpas, você vai achar quem está com essa bolsa e vai matar essa pessoa, a essa hora a pessoa já deve estar na delegacia com aquela bolsa.
- Vou resolver isso! - Baixou a cabeça e saiu do quarto.
(...)
- Me ajuda, socorro! - Ela estava amarrada numa cadeira, tinha sangue e feridas pelo corpo, ouvi uma outra voz de fundo, também familiar, logo a visão foi ficando turva até ficar um breu, senti como se estivesse caindo, acordei no sofá de casa num susto.
   Olhei em volta e vi que a janela estava aberta, um vento frio entrava por ela, levantei, fui e a fechei, voltei para o sofá e peguei meu celular, tinha muitas mensagens da Lorena e do Felipe. Liguei para a Looh.
Ligação on:
Feeh: Porra a gente estava preocupado, porque não atendeu?
Looh: Mano deixa ela.
Sam: Oxe, preocupada com o que? Eu estava dormindo, cheguei, sentei no sofá e dormi aqui mesmo.
Looh: Eu disse para você que ela devia ta dormindo, mas você ficou todo preocupado.
Feeh: Você também estava preocupada sua mentirosa.
Looh: Aaah sei lá, do jeito que está a cidade e esses sequestros, dá um certo medo...
Feeh: Relaxa eu te protejo!
Looh: Vai a merda!
Feeh: Vai você...
Looh: Olha Felipe se você não quiser apanhar sugiro que...
Sam: Er... Hallo? Gente eu to aqui ta...
Looh/Feeh: Ata desculpa.
Sam: Gente, eu... -Contei o sonho que tive com a Laura.
Feeh: Meu será que você está tendo visões?
Looh: Mas...
*Ligação off*
   E ficaram discutindo possíveis opções do que poderia significar aquele sonho. Olhei em cima do móvel e vi uma folhinha de papel aberta, nela dizia: “Oi filha, vou fazer uma viagem de última hora, me des…”
- Felipe eu te mato! Eu juro!
- Felipe seu bostinha quem pensa que é para fazer uma merda dessa?
- Aaaaaah! PAREM DE ME BATER!
- NÃO!!! - Gritamos juntas. De repente a campainha toca.
- ACHO QUE A PIZZA CHEGOU! -Sam e Looh levantaram ao mesmo tempo.
 - Você disse, pizza?
  Felipe deu aquele sorrisinho de satisfação típico dele e foi atender a porta.
- Boa noite senhor!
- Olá, quanto ficou? -Disse com tom de importância. Felipe terminou o pagamento, mas quando foi olhar as caixas ele não as viu, olhou para trás.
- Mas já?
- Mas é claro! - Falamos de boca cheia.
     O entregador riu, foi aí que me dei conta, conhecia aquele cara. Ele me encarou, abriu um sorriso estranho no rosto, piscou para mim e foi embora. Fiquei sem reação.
- Olha a Samantha arrasando corações!
- É, parece que sim! - Disse com voz de desprezo e fechou a porta.
- Conhece ele?
- Não sei, acho que sim.
- Legal, agora vamos comer?
- Alguém ta com ciúmes?
-Vamos parar de bobeira.
- Ótima ideia!
- Eu hein...
- Tenho uma ideia gente! Vamos dar uma festa?
- Ideia aprovada com sucesso!
- Opa!
- Pode ser amanhã mesmo, afinal terça é feriado!
- Beleza! - Eles me respondem empolgados.
Ficamos zuando até uma da manhã, depois fomos dormir porque tinha aula no dia seguinte.
(...)
  No outro lado da cidade...
- Não sei como vai ser, mas precisamos acabar com essa garota.
- Como ela é?
- Não vou dizer...
- Vamos, você precisa nos ajudar! Nós somos a sua família, você tem que ficar do nosso lado!
- Eu consegui tirar uma foto dela antes de ir falar com ela hoje, sabe, para garantir, aqui está. -Disse sem muito ânimo tirando o celular do bolso e mostrando uma imagem.
- Aaah, eu não acredito! Conheço ela! 
- Eu também?
-Claro Riker, essa é aquela garota que tentamos enquadrar com o disfarce de policiais, lembra? 
-Não acredito, agora vamos ter que matá-la, ela parecia boa o suficiente para o sacrifício, eu e Rat tentamos rapta-la, mas...
-Mas ela parecia saber de alguma coisa aquele dia...
- Como assim? -Rat e Riker explicaram a cena com a garota para Rydel e o Ross.
- Está vendo Rydel? Ela não pode ficar viva!
- Ela se envolveu muito nisso já, assim que perceber, vai correndo contar a polícia.
- Se é que já não foi!? -Rydel ficou quieta, olhou para o chão pensativa.
- Qual é Rydel? Você nunca reclamou disso antes, vai amarelar agora?
- Cara, de onde você saiu?
- É Rocky tentei te ligar a tarde inteira.
-Eu vi sua mensagem, fui ganhar uma grana! - Mostrou umas notas. - Sabe, essa garota...- Pegou o celular da mão do Ross. - Acho que vi ela hoje. Fui entregar pizza lá.
-Ótimo, então sabemos onde ela mora, só precisamos ir, raptar e matar.

- Okay, isso está resolvido, agora, com relação a outra garota... Mudanças de plano, essa garota, Samantha, ela tem uma amiga, chama Lorena, ela é nossa nova garota...

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Fanfic "Stolen Heart" parte 1

  Stolen heart
Bom, ok vou tentar fazer algo diferente nessa coisa. Vai ficar ruim? Talvez. Mas por favor não me matem.
Escrita pela L.F!

  A   história se passa no ano de 1745. Havia uma jovem princesa que morava em um enorme castelo junto de seus pais e seus criados. Seu nome era Lorena Feola. Era filha de Edgar Thomas Feola II, um dos grandes nomes da realeza naquela época, e Marieta Rosalinna, uma das rainhas mais temidas, mas que para ela era a pessoa mais amável da Terra.
  Lorena, uma princesa doce, meiga, gentil e de bom coração, aos seus 16 anos já não aguentava mais ficar presa. Seus pais não permitiam sua saída do castelo, apenas acompanhada deles (o que raramente acontecia).
  Em um belo dia, quando o rei e a rainha saíram para tratar de assuntos importantes, Lorena ficou mais uma vez trancada, mas por sorte já tinha feito amizade com a maioria dos guardas e criados, e sua maior amiga ali dentro, sua confidente era uma mulher conhecida apenas por Maria, que era a arrumadeira. A princesa e ela tinham uma amizade muito forte, Lorena contava tudo que acontecia para Maria, até mesmo seus maiores segredos. Mas também pudera, a arrumadeira acompanhou sua infância inteira, sempre esteve com ela quando sua mãe não estava, até mesmo nos piores momentos.
  Era quase de noite quando Lorena estava sentada no jardim observando a imensidão do céu, que por sua vez já podia ser vistas algumas estrelas, quando de repente alguém chegou perto sem fazer muito barulho. Assustada, virou-se rapidamente para ver quem era, mas para seu alívio, era Maria.
 - Maria, você me assustou! O que houve? - perguntou a princesa encarando a mulher
 - Desculpe senhorita, mas sabe que não pode ficar no jardim até tarde.
 - Não é tarde. Ainda está cedo, veja! - falou apontando para o céu
 - Acho que a senhorita entendeu o que eu quis dizer. Venha, vamos para dentro.
 - Ah, não! Quero ficar aqui e ver as estrelas. Por favor! - implorou Lorena
 - Se o rei e a rainha descobrem... - falou a mulher parecendo ficar com medo
 - Eles não têm direito de brigarem comigo, afinal, estou dentro do castelo.
 - Sim, mas...
 - Maria, tudo bem. - Cortou-a - vai ficar tudo bem, não se preocupe. Como eu disse, estou aqui dentro. - Sorriu.
 - Ok, senhorita, mas vou ficar aqui para me assegurar de que nada irá acontecer.
 - Bom, você quem sabe. Mas se for ficar mesmo, pode se sentar.
 - Senhorita...
 - Sente-se logo! - riu. Maria sentou bem ao seu lado.
  Continuando a observar o céu, que agora já havia mais estrelas do que antes, a princesa começou a pensar em uma coisa que nunca tinha passado pelo sua cabeça. Começou a pensar em seus pais, o jeito que o rei tratava a rainha, o jeito que ela sempre sorria ao ver ele, o brilho no olhar dos dois, o amor que um sentia pelo outro... enfim, Lorena estava pensando no amor. Um sorriso, então, apareceu em seus lábios, que logo disseram:
 - Sabe, Maria...
 - Sim, senhorita?
 - Eu estava aqui pensando nos meus pais e... acho que... queria encontrar alguém que me amasse do mesmo jeito que meu pai ama minha mãe, sabe? - falou sem tirar seu sorriso do rosto
 - Mas, senhorita, tão jovem já pensando em amor? Não acha muito cedo?
 - Bom, você mesma já me disse que para o amor não existe idade.
 - Sim, mas... ainda é uma criança! O que sabe sobre esse sentimento?
 - Absolutamente nada, mas queria encontrar alguém que pudesse fazer com que eu descubra... - falou num suspiro apaixonante
 - Se seus pais descobrem...
 - Dá para parar de se preocupar com eles? E outra, acho que minha mãe me apoiaria.
 - Se a senhorita diz...
 - Sim! Quero encontrar o amor, o amor da minha vida! Sabe, aquele que você fica perdidamente e loucamente apaixonada pela pessoa, que só a voz dela já faz seu coração bater mais forte! - Maria Ri. - O que foi?
 - A senhorita tão novinha já pensando assim. Parece que alguém cresceu rápido demais!
 - Ah...
 - Bom, acho que já está na hora de nos entrarmos, não? - falou a mulher se levantando
 - Tudo bem, vai. - disse a princesa, rindo.
  Então, assim que se levantou, foi junto com a arrumadeira para dentro do castelo, seu quarto, mais especificamente. Ficou ali deitada em sua enorme cama conversando com Maria, até alguém bater na porta. Era sua mãe, que logo adentrou o mesmo.
 - Maria, pode sair por um momento? - disse a rainha.
 - Sim, senhora. - A mulher saiu.
 - O que houve, mãe? - perguntou a princesa preocupada.
 - Bom, filha... tenho que lhe contar uma coisa. - falou a rainha com uma expressão também preocupada.
 - O que foi?
 - Seu pai e eu... teremos que fazer uma viagem de alguns dias.
 - O que? Viagem? De alguns dias? Como assim? E eu, por que não vou junto? -Falou a princesa meio triste.
 - Querida, entenda, será uma viagem muito importante para nós dois, a qual você não poderá ir. - Falou a rainha também triste.
 - Mas para onde vão?
 - A um reino não tão longe, mas também não tão próximo daqui.
 - Para o que? - Perguntou olhando fixamente para sua mãe, que por sua vez, tentou desviar da pergunta.
 - Han... bom... Ah, chega de perguntas, filha!
 - Mas, mamãe...
 - Eu disse chega de perguntas, Lorena! - falou um pouco nervosa e exaltada.
 - Tudo bem... - falou a princesa, triste, abaixando a cabeça.
 - Olha, querida, não precisa se preocupar, está bem? - sentou-se na cama junto à filha.
 - Ok, mamãe... Bom, espero que se divirtam nessa viagem, então! - falou sorrindo e fazendo a mãe sorrir também.
 - Espero também, meu amor. - A rainha à abraçou e beijou sua testa.
 - E quando vocês vão?
 - Amanhã...
 - Amanhã?? - falou espantada.
 - Sim, filha, desculpe! - Lorena pensou em dizer algo, mas viu aí uma oportunidade de poder sair do castelo. Claro que teriam os guardas, mas isso não seria problema para ela. Ela olhou para a mãe e disse:
 - Tudo bem, mamãe! - sorriu - Como eu disse, espero que se divirtam!
 - Obrigada, filha! Você está crescendo mesmo. - disse emocionada.
 - Você nem imagina... - sussurrou.
 - Bom, vou falar com seu pai agora. - Se levantou e caminhou até a porta - E não se esqueça, o jantar já vai estar à mesa.

 - Tudo bem, já vou indo. - Sorriu para a mãe que saiu do quarto.