domingo, 3 de junho de 2018

Capítulo 5 "O Fugitivo"


{ponto de visão riker}

   Após ter terminado o suposto jantar com Gabs, eu já estava embriagado de tanto vinho e decidi ir para o Dodgers, meu bar favorito e próximo de casa. Já que eu estava no barco da cachaça, nada melhor que aproveitar. Cheguei no bar e enchi a cara de whisky até a manhã seguinte quando decidi ir para casa antes que minha irmã viesse me arrastar pelo colarinho do paletó. Fui indo pela rua principal de Louisiana até chegar no gramado bem cuidado da residência dos Lynch (ou seja... minha casa), cheguei na varanda e decidi me sentar na cadeira de balanço e observar a calma manhã que fazia terminando de tomar meu whisky. Quando ouço berros vindo da sala de estar.
  - RIKER SEU BÊBADO IMUNDO! ISSO É HORA DE CHEGAR EM CASA? - Era minha irmã, Rydel, que mal me vira na varanda e já viera tomar satisfação de onde estava e por que eu tinha chego tão “tarde”.
-Ei, não grite! Estou com dor de cabeça... - Digo em voz baixa cobrindo a cabeça.
-Seu bêbado! Imagina se a polícia te para? Iam puxar tua ficha e você ia puxar a família toda junto! - Ela me diz nervosa. Nesse meio tempo, vejo Gabs em sua moto passando em frente a nossa casa e parando no semáforo, decido acenar e antes que ela pudesse retribuir, Rydel já tinha me puxado para dentro pelos cabelos.
  Ela me puxou para a sala onde meu irmão Rocky e meu cunhado Ratt estavam sentados com cara de que alguém ia tomar no tobson para mim. Afinal, depois de tantos anos eu só voltar de manhã, bêbado era uma surpresa digamos que, desagradável para eles.
- Onde diabos você esteve seu imbecil? Eu fui ao bar ontem e você não estava lá. - Disse Rocky já se levantando na minha direção.
- Eu estava num jantar com uma amiga que não tem nada a ver com vocês. - Digo calmamente ainda de olhos fechados pela claridade vindo da janela. - E por favor, se for fazer um interrogatório, feche a cortina ao menos!
- Queremos nomes seu babaca! E a cortina continuará aberta até você falar! - Ratt exclama em um bom tom.
- Ok! Eu falo, mas não façam nada com ela. - Eles me olharam com cara de nojo.
- Você sempre foi o mais bonzinho né Riker?! - Rocky fala com tom de raiva. - “Por favor não matem ele! Eu o escondo!” “Não façam nada com ela.” - Ele diz com voz de desprezo.
- Aí Riker... O que fazemos com você? - Rydel questiona.
- Podemos mata-lo! - Responde Rocky entusiasmado. - Levamos para o sótão e o deixamos lá.
- Não... Ele pode ser útil... - Diz Rydel me analisando. - Afinal, quem é essa amiga?
- Só falo se prometerem não machucar ela! - Digo firmemente.
- Depende de quem for... Se for alguém insignificante, nós não faremos nada. - Ratt diz com ar de sabe-tudo.
- É a Gabs... - Eles me olham por um instante e se entreolham. - O que foi? Insignificante demais?
- A Gabs freelancer?  Ela até que é bem útil... - Diz Rocky com um ar meio malandro. - Sei que ela tem uma amiga bem curiosa que estava no antigo jornal da cidade hoje cedo...
- Aí eu já não sei. Não falamos muito de amigos... - Digo de cabeça baixa.
-Então quer dizer que andam conversando bastante é? Do que tem falado? Sexo? Bebidas? De como você colocou seu irmão mais novo num manicômio por ele ter visto eu e a Rydel matando o Ryland? ME RESPONDE SEU FROUXO! - Ratt vem para cima de mim com ódio correndo pelas veias.
- Menos aí Ratt! Precisamos deles... - Rocky tira Ratt de cima de mim e continua. - Vivos.
  Após alguns minutos, conto que eu e Gabs tivemos um rolo e eu acabei me envolvendo emocionalmente, só que algum tempo depois ela tinha se afastado de mim e do bar, pois tinha começado a namorar e ficou noiva de um cara do lado sul da cidade. Ele era conhecido como Altes Blut, era chefe de uma gang de motoqueiro chamada Kalte Strabe que aterrorizava o sul de Louisiana. E contei também eu tinha ido jantar com ela no Le’Ratatoille...
- E agora estou aqui, com vocês... Fim. Está bom para vocês? Posso dormir agora? - Digo exausto.
- Ok, pode ir, mas antes...- Rydel segura meu braço. - Se ousar abrir o bico, arranco seu amiguinho aí de baixo e mando para a mamãe, que também está num manicômio. - Ela solta meu braço.
- Não precisa fazer isso, nunca contei nada. - Digo subindo para o meu quarto. - Boa noite. -Subo, tomo um banho, deito na minha cama e começo a refletir sobre isso tudo e se deveria falar com Gabs depois de isso tudo até eu pegar no sono.
    Horas mais tarde, acordo e desço as escadas sem fazer barulho para evitar olhares desconfiados para mim, afinal, eu sou quem mais sai de casa e socializo, devem estar achando que sou traíra e que contei para ela sobre o Ryland e os carambas. Quando chego na cozinha, me deparo com um notebook, com as imagens de quando meu irmão mais novo foi internado. Ele gritava, chorava, se debatia, e como castigo o estupravam ou agrediam com choques muito altos. Me aproximei, fechei o notebook e o levei para o sótão. Então decidi falar com Gabs sobre meus sentimentos, pois achava que meu tempo aqui estava acabando e meus irmãos só estavam esperando a hora certa para me calarem da mesma forma que fizeram com Ryland.
*Mensagem on*
Riker051: Gabs, preciso falar com vc...
Gabs2309: Entao... tbm preciso falar com vc, mas tem que ser de madrugada e do lado do Dodgers...
Riker051: O que quiser e quando quiser. Te encontro de madrugada?   
Gabs2309: Hoje ñ, tenho alguns trabalhos, depois de amanhã p0de ser?
Riker051: Claro, até lá...
*Mensagem off*

Nenhum comentário:

Postar um comentário