quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Capitulo 6 "O Ritual"


Todos toparam, afinal já estava todo mundo meio bêbado. Meio bêbado era pouco para a Gabs e o Pedro, só para constar e.e
- Que tal deixarmos de lado essa parte da verdade? O legal são os desafios!
- Tá bom, então te desafio a me beijar!
- Eita, ta assim Felipe?
-Eu beijo! Se, você aturar uma hora de Lorena te atormentando para valer, sem descanso!
- Ooooo! - Todos falaram
- Hey, não me envolvam nessa treta ai!
     Começamos a discutir dentro da casa, foi uma discussão engraçada, com direito a nego caindo de escada, dormindo pelos cantos, parecia a casa do caralho.
(...)
- Tem certeza que é esse o endereço?
- Rydel disse que era!
- Calem a boca! Vão desconfiar que estamos aqui! - Sussurrou.
- Não parece ter ninguém aí, será que ela está em casa?
- Pode estar dormindo, damos uma olhada, caso não esteja, esperamos um pouco, talvez ela volte.
- Ok.
-Está bem! - Disse em tom de desaprovação. Então eles rondaram a casa, depois escalaram e entraram por uma das janelas que ocasionalmente estava aberta.
(...)
- Sai daqui Felipe!
- Eu bebo xiiim, eu bebo mesmo!
- Sai, larga de mim, você está cheirando a álcool muito forte, eca!
- Onde fica o banheiro? - Fez que ia vomitar.
- Lá em cima, a última a direita! Vomita aqui não, pelo amor de Deus!
- Eu preciso ir embora, vou ficar de castigo de novo! - Diz Anna indo para a porta. Segurei ela pelos ombros.
- Mas valeu a pena né?
- Sim, okay, melhor eu ir agora, minha mãe ta lá em baixo! Se cuida!
- Você também, avisa quando chegar!
- Samantha, você viu os pôneis? - Indaga Aline.
- Aaah eu vi! Mas agora você precisa ir! SEM APRONTAR EM DONA ALINE! Cuida dela em Hoberty, pelo amor de Deus, avisa quando chegarem! -Disse me dirigindo mais ao Hoberty.
     E assim foi até a hora que sobramos só eu, a Lorena, o Felipe, o Pedro e a Gabi, os dois estavam sem condições para ir embora. Pedro foi dormir no quarto de hóspedes, ficamos eu, a Gabs e a Looh sentadas no sofá da sala.
- Gente, eu sinto falta da Laura, eu sinto falta quando éramos um quarteto quando éramos crianças, mas ela se afastou da gente.
- E agora um bando de filho da puta sequestrou ela, nem sabemos se ela está viva.
- VOCÊ NÃO FALE ASSIM DA LAURA! ELA VAI VOLTAR! - Levantou e me encarou. - ENTENDEU? - Segurou na minha blusa. - Nunca mais fale dela como se ela tivesse morrido! -Me soltou e virou para trás nos dando as costas. Eu fiquei sem reação.
- Ela também é nossa amiga Lorena! Lógico que ela vai voltar! 
- Tem razão, foi mal aí, eu só sinto falta. - Virou para nós duas de novo e sentou de novo no sofá.
- É, e como sentimos! - Encarei o chão com um olhar vazio. Levantou e foi para escada
-Vou subir e dormir, estou cansada, boa noite! -Subiu alguns degraus e depois parou. -Ela vai voltar, nem que a gente vá atrás! -E subiu de vez.
(...)
-Agora que a casa está mais vazia, vai ser mais fácil! - Disse para si mesma.
Caminhou até a porta de entrada e tocou a campainha.
(...)
     Estávamos na cozinha quando a campainha tocou. Eu levantei do banco e fui atender enquanto os outros dois ficavam discutindo entre por causa de um pedaço de pão.
- Boa...- Fiquei abismada quando vi quem era. - Noite.
- Samantha, eu preciso falar com você!
- Okay, mas como você me achou aqui? 
- Longa história! 
- Entre! - E dei espaço para ela passar.
- Obrigada, posso? - Apontou o sofá
- Sim, quer comer alguma coisa?
- Não, por favor, só me escute, eu...
- O Samantha quem estava na porta? - Olhou para a Rydel. - Quem é você?
- Gente, eu estava pensando... -Quando viu a moça sentada no sofá foi logo dizendo. - Mas que moça bela, que faz aqui essa bela dama?

Capítulo 6 "O Fugitivo"


{Ponto de visão Looh parte 2}

     Depois que Gabs e Sam saíram eu e Ross ficamos sozinhos apenas com as informações sobre Riker e os irmãos Lynch que moravam a algumas quadras daqui. Decidimos começar a pesquisar sobre a família Lynch, origem, quando vieram para cá e quantos integrantes tinham... Encontramos poucas coisas, mas que nos ajudaram a entender várias coisas sobre Ross. Eram cinco irmãos, vieram para cá depois que a mãe deles, Stormie Lynch, depois de um acesso de “psicose” matou o pai deles e os deixaram sob os cuidados do irmão mais velho. Também encontramos a noticia que eles lamentaram a morte do irmão mais novo, Ross Lynch na última quarta-feira. Depois disso paramos e não encontramos mais nada.
    Decidimos esperar até as meninas chegarem, só que ficamos entediados e começamos a jogar Just Dance no Playstation do meu irmão, que já estava mofando a 1 ano, desde que ele foi para a Alemanha em um intercâmbio. Comemos Fast Food até Sam e Gabs chegarem com caixas da delegacia e pastas do Instituto Saarne e do antigo jornal, Abelha Diária.
- Querem ajuda aí? - Digo vendo a dificuldade delas ao entrar com as caixas e pastas.
- O que acha?!- As duas respondem colocando cada uma, uma caixa de arquivos confidenciais da polícia local em cima da mesa da cozinha.
   Eu e Ross, sendo boas pessoas, nos levantamos e fomos até a garagem onde estava a moto com o bagageiro quase explodindo de papel, cada um pegou uma caixa e três pastas e fomos nos juntar a elas, que já estavam de óculos a postos, café na xícara abrindo uma caixa da polícia e pegando relatórios.
- Demoramos tanto assim?!- Digo pasma com a rapidez delas.
- Não, é que somos rápidas quando algo nos incentiva... - Diz Sam sem tirar os olhos do papel.
- Dá para calarem a boca? Estou tentando me concentrar... - Gabs reclama pegando sua xícara e tomando gole de café.
   Eu e Ross fechamos a porta, colocamos as coisas na cadeira vaga na mesa e olhamos com atenção toda a papelada que Gabs e Sam tinham conseguido e estavam analisando letra por letra, página por página e ambas marcavam partes que achavam importantes com marca-texto azul e verde. Elas olharam para nós por alguns minutos e disseram.
- Não vão fazer nada não?
-É... - E antes que pudéssemos falar algo Gabs foi mais rápida.
- Vão deixar as duas trouxas aqui se matarem de ler e quebrar a cabeça sozinhas.
- O que temos que fazer então? - Digo sarcasticamente.
- Bom, leiam os relatórios e tudo que acharem suspeito, estranho ou fora do normal, passam o marcador, depois a Gabs vai falar com um hacker do lado sul e vai entrar no sistema de câmeras da cidade com as gravações de 13 anos atrás. Enquanto isso, vou fazer mais café. - Sam se levanta e vai até a cafeteira e faz mais 2 jarras de café preto e volta para os papeis.
   Depois de 5 horas lendo tudo do jornal e da polícia, Gabs toma um susto com a hora, já eram sete da noite e estávamos a base de café e biscoitos de polvilho. Ela marca a página do artigo, a caixa e se levanta levemente zonza, vai até a pia, pega seu celular e exclama.
-Precisamos parar um pouco gente... Estamos a 5 horas lendo isso tudo e a base de café e biscoito! Vou pedir uma comida decente para a gente. - Ela pega o celular, olha para ele, olha para nós e diz... - É... Pessoal, Riker me mandou mensagem... - Ela responde as mensagens e fala novamente. - Bom... preciso esclarecer algumas coisas com ele mesmo... vamos unir o útil ao agradável.
- Encontrou alguma coisa? - Sam pergunta.
- Sim. Uma semana depois do Ross ser visto pela ultima vez 13 anos atrás, encontraram o corpo do irmão dele, Ryland enforcado nos fundos de uma propriedade deserta, arquivaram como suicídio. Eu acho que aí tem coisa. - Ross ficou paralisado e parecia em choque.
- Eu também achei algo, se mudaram para Louisiana depois da mãe deles ter sido colocada em um manicômio depois de um surto de psicose mal explicado que acabou matando o pai deles, eles ficaram com o irmão mais velho, e alguns tempos depois, o Ryland foi encontrado morto, com marcas de enforcamento, mas nunca levaram muito a sério. - Diz Sam seriamente.
- Eu também achei essa parada da mãe e do pai deles, só que com menos informações. - Digo me achando inútil.
-Bom... Eu vou pedir a comida porque computador fora da tomada não funciona! - Gabs riu e voltou seu olhar para o celular.
     Depois de alguns minutos a comida chegou e começamos a arrumar a mesa para comer, enquanto tirávamos a pasta do manicombio da mesa, caiu uma ficha de quando Ross foi internado. Gabs pegou e abriu, a ficha estava em branco e alegando que Ross estava em suas plenas faculdades mentais, apenas o pagamento estava preenchido com uma alta quantia em nome de Riker Lynch, tutor legal desde a internação de sua mãe em Los Angeles. Gabs olhou para nós em choque e entregou a ficha para Sam que fez a mesma cara.
- Que houve gente? - Digo já assustada. - Viram um fantasma?
- Acho que é pior que isso Looh. Achamos a ficha hospitalar de quando Ross foi internado... - Gabs diz já pegando o celular e digitando em alta velocidade. - Agora sim vou precisar de uma ajuda a mais. Eu já volto gente.
 Gabs foi para a garagem enquanto nós jantávamos. Ficou lá por um bom tempo e voltou com um olhar maléfico, porém ainda em choque. Se sentou, comeu e depois que terminou olhou para nós com ar sério, todos prestavam atenção quando ela finalmente abriu a boca e disse.
- Depois de amanhã, vou me encontrar com Riker para ver o que ele quer, mas, vai ser uma emboscada, vamos “sequestra-lo” e leva-lo para um lugar longe do lado norte, interroga-lo e se ele não colaborar, vocês vão ver um lado meu que eu preferia que não vissem... - Ela para com os olhos fechados.
- Como assim Gabs? - Sam perguntou sem entender ainda.
- Vão ver a origem da minha tatuagem nas costas...
- A da estrada com picos de gelo no meio?
- É... O lado sul não é muito bonzinho... - Gabs diz com ar de má.
- Mas o que vai fazer se ele não der as respostas? - Digo preocupada.
- Vamos tortura-lo, por isso precisamos do Ross lá... - Todos olhamos para o Ross imaginando como ele seria útil numa tortura.
-Como assim precisa de mim? - Ross diz assustado. Mas antes que Gabs pudesse responder, a campainha toca. Gabs nos olha e vai atender a porta.


domingo, 3 de junho de 2018

Capítulo 5 "O Ritual"


- Por que acha que tem o direito de mudar as coisas assim? Já estava tudo certo...
- Por favor pessoal... Aquele plano é arriscado para a nossa atual situação... Aquelas duas são grudadas, se uma sumir, a outra com certeza vai atrás, é tipo pague um e leve o dobro
- Está bem então, Ross tem razão...
 Todos então concordaram... Mais tarde naquela noite. Rocky estava sem seu quarto no computador, quando Rydel bateu na porta. 
- Entre
- Você prometeu, seu mentiroso, disse que ia ajudar! - Começou a chorar. Ele levantou e a abraçou, fechou a porta bem devagar e disse baixinho.
-Calma, vamos resolver isso, eu também não quero mais, por mim eu parava agora, mas precisamos ser inteligentes, eles não vão mudar de ideia com uma simples conversa, você sabe. Por enquanto você tem que confiar em mim. Agora vai lavar esse rosto, eles não podem desconfiar de nada, não se esqueça, tudo tem que ser como o planejado. Rydel deu um beijo na bochecha dele e saiu do quarto.
(...)
No dia seguinte na escola...
- A gente pode chamar o pessoal no almoço, vai estar todo mundo no refeitório mesmo!
- Boa ideia!
  Fui para a aula de filosofia, encontrei com Luis na sala.
- Hey, boom dia.
- Bom dia!
-Eu deveria esperar até o intervalo, mas já que você está aqui, festa na casa da Looh e do Felipe, depois da aula, todo mundo vai se encontrar na frente do portão depois da aula, e sem desculpas, não quero saber, você vai!
- Ué, okay então. - E rimos.
- Alunos...
(...)
No almoço:
- Convidamos as Gabs, O Luis, a Anna, todos os Gabriels que conhecemos, a Jeeh, o Hoberty, A Aline...
- Claro, sem a Aline é capaz dele nem ir.
- E também o...
  Passamos o intervalo conferindo nomes e decidindo o que íamos comprar até que...
- O que estão fazendo?
- Não é da sua conta!
- Olha como você fala comigo!
-Vai fazer o que? Me dar uma detenção?
- Não eu vou te dar uma porrada mesmo!
- Então vem, eu estou a um tempo para te dar uma surra já!
-Olha você...
- O que está fazendo? - O diretor aparece de sua sala bem na hora.
- Esse cara ele...
- Dessa vez não, olha diretor, estávamos bem aqui cuidando das nossas vidas, ele veio nos provocar, na verdade ele sempre faz isso, sempre é assim!
-Mas...
-Verdade diretor, é sempre assim, pergunte a qualquer um aqui.
- Venha Ross, me acompanhe até minha sala. - Parecia com raiva e saiu.
- Você, isso ainda não acabou, você mexeu com o cara errado! - Enquanto encarava o Felipe, depois saiu do refeitório. Sentamos de novo na mesa.
- Esse cara tem sérios problemas.
    Foi então que o sinal tocou. Fomos para as salas. Depois que o sinal tocou, sai da sala e fui para o meu armário, onde por puro azar, encontrei Ross.
- Você e seus amiguinhos me pagam. - Me empurrou contra o armário. -Mexeram com a pessoa errada.
- Isso é uma ameaça? Eu sugiro que tome cuidado com as suas palavras. - Disse com firmeza enquanto o olhava nos olhos.
- Ross, já está tarde, vá para casa! -Depois de me encarar um pouco, ele finalmente foi embora.
- Você também! -Olhou para mim. Guardei minhas coisas, fechei o armário e sai da escola.
- Onde você estava? Que demora!
-A madame ta pronta para casar?
- E demora em, estava dando? - Gabs diz em ar sarcástico.
- Os cara mano!
- Ai com certeza! -Fiz uma cara de safada.
     Então fomos todos para a casa do Felipe e da Lorena. Depois de ajeitar algumas coisas, começamos a nos divertir realmente.
- Verdade ou desafio?

CAPÍTULO FINAL DE STOLEN HEART


O rapaz volta a sua aldeia feliz da vida, enquanto a princesa tenta passar pelos guardas sem ser percebida. Depois de muito ser cautelosa, ela consegue. Porém, ao esbarrar em uma mesinha fazendo com que o vaso de flores caísse, chamou a atenção dos mesmos, fazendo eles irem até ela.
 - Quem está aí? - perguntou um deles.
 - Apareça! - ordenou o outro. A princesa rapidamente tirou sua capa e andou até eles.
 - Olá, meninos! - disse sorrindo
 - Ah, princesa, que susto!
 - O que aconteceu? - perguntou segurando a risada.
 - Nada com o que deva se preocupar, princesa!
 - Bom, sendo assim, retornarei aos meus aposentos, com licença. - disse sorrindo
 - Espere!
 - Sim? - disse um pouco nervosa dessa vez
 - Isto é seu? - perguntou com a capa em mãos.
 - Ah... bom... sim! Sim, isto é, meu, como foi parar aí? Qual de vocês pegou minha capa? - Eles se entreolharam nervosos. A princesa ri
 - Tudo bem, pessoal, é só uma capa. Mas da próxima vez que quiserem emprestada, é só pedir. - Riu feliz com a situação que se encontrava
  Os guardas não disseram mais nada, apenas concordaram com a cabeça, aliviados, e voltaram ao que estavam fazendo. Lorena, também aliviada, foi para seu quarto onde Maria já se encontrava preocupada.
 - Senhorita! Onde estava? Não sabe o quanto fiquei preocupada! Por favor, não faça mais isso! - disse a mulher indo até Lorena.
 - Ora, Maria, eu disse para não se preocupar! E como eu disse, deu tudo certo!
 - Fico feliz em saber, mas como eu disse antes, não faça mais isso.
 - Acho que dessa vez não poderei lhe ouvir.
 - Como assim, senhorita?
 - Aí, Maria... - falou se deitando na cama - acho que encontrei o amor da minha vida... - completou, apaixonada.
 - Sério? E como ele é? Do jeito que pensou?
 - Muito melhor... ele salvou minha vida!
 - Como assim?
 - Bom, vou contar desde o início... - depois de ter contado tudo e um pouco mais, Maria se assustou e disse:
 - Viu, eu disse que não era uma boa ideia a senhorita sair! Olha o que aconteceu! E se esse rapaz não tivesse aparecido? Sabe-se lá onde estaria agora!
 - Maria, calma! Eu estou aqui, não estou? Não se preocupe! - falou a princesa tentando acalmar a mulher.
 - A senhorita vai sair amanhã de novo?
 - Sim...
 - Vai se encontrar com ele?
 - Sim... - a mulher então olhou para a princesa com uma cara nada boa, mas logo disse:
 - Eu só espero que dessa vez tome mais cuidado!
 - Sim, vou sim, pode deixar! - a mulher riu.
 - Tudo bem, agora me conte, como ele é mesmo?
 - Ah... ele é... perfeito! É lindo, gentil, corajoso... - falou entre suspiros de amor
 - Fico feliz em te ver assim, senhorita. Parece que enfim, encontrou o amor que procurava.
 - Pois é, acho que sim... eu realmente e sinceramente estou apaixonada por ele... - falou com um sorriso bobo no rosto
 - E como se chama?
 - Ross. Seu nome é Ross...
 - Ah... um belo nome.
 - Eu sei... - falou Lorena toda feliz.
  A conversa foi indo até a princesa pegar no sono. Maria então, saiu sem fazer barulho. No outro dia, a princesa acordou mais feliz do que quando havia ido dormir, ainda pensando nele. Ela então se levantou e foi tomar café. Deu bom dia a todos que estavam no castelo e pôs-se a mesa. Depois disso, voltou ao seu quarto, pegou alguns papeis e uma caneta e foi até o jardim. Se sentou em meio as flores e começou a escrever.
  Um tempo depois, a princesa olhou para o céu e começou a pensar no belo rapaz loiro que havia conhecido no dia anterior, e a cada vez que pensava mais ficava apaixonada. Alguns minutos depois, não aguentando mais esperar, ela então decidiu sair e ir ao encontro de seu amado. Comunicou com Maria, que logo colocou-se a distrair os guardas mais uma vez.
  Depois de ter conseguido sair, foi até a aldeia onde o encontrou pela primeira vez. Passou pelo campo cheio de cavalos, parando para mais uma vez acaricia-los. Continuando seu caminhou, chegou no lugar e começou a procura-lo. Uma olhadinha aqui, outra olhadinha ali e nada. Passando pela floresta onde quase havia sido atacada, finalmente o encontrou sentado a uma árvore, seu coração já estava por bater mais e mais forte. Chegou um pouco mais perto e disse:
 - Olá. - O rapaz se assusta.
 - Ah, princesa, oi! Que suto! - falou se levantando.
 - Desculpe, não quis assusta-lo. - riu.
 - Não, tudo bem! Não foi um susto tão grande assim... - falou nervoso.
 - Então tá...
 - Mas me diga, o que a traz aqui, princesa?
 - Bom, aquela mesma história de estar cansada de ficar presa no castelo...
 - Ah...
 - E também... porque eu queria lhe ver de novo... - falou envergonhada.
 - Sério? Eu também queria te ver novo... - falou o rapaz envergonhado também.
 - Sabe... não, deixa quieto...
 - O que?
 - Nada não, melhor deixar quieto... - falou a princesa se sentando.
 - Ah, não! Agora me deixou curioso! Fala! - se sentou também, ao seu lado. Lorena respirou fundo e disse:
 - É que, ontem... eu não consegui parar de pensar em você... é loucura, eu sei, mas... sei lá... - riu. Ross a observou sorrindo. - O que foi?
 - Eu achava a mesma coisa...
 - Como assim?
 - Achava loucura ficar pensando em uma pessoa que conheceu não tem nem 2 dias... - falou fazendo Lorena sorrir.
  Os dois ficaram ali um olhando para o outro. Era possível sentir seus corações baterem juntos.
  - Então... - falou a princesa desviando o olhar envergonhada - O que faz para passar o tempo?
 - Bom, não sei dizer, a maioria do tempo eu corro dos comerciantes! - riram juntos.
 - Mas fora isso, o que faz?
 - Olha, quando não estou "trabalhando" eu costumo ir a um lago que fica aqui perto. É bom para relaxar um pouco e esquecer dos problemas. - falou sorrindo.
 - Sério? E como é?
 - Nunca foi a um lago?
 - Não. Lembre-se: essa é só a segunda vez que estou fora do castelo.
 - Ah, verdade. - Riram - Bom, que tal conhecer o lago?
 - Sério?
 - Sim, vem comigo! - o rapaz se levantou e ajudou a princesa a se levantar também
  Então caminharam até um lago que havia ali perto. Quando chegaram, Lorena ficou encantada com o que via, um lindo lago de águas azulzinhas e em volta dele um gramado cheio de flores lindas. Os dois decidiram se sentar e observar a paisagem. Um tempo depois, Lorena quis saber mais sobre seu amado, então começou uma série de perguntas. Depois foi a vez de ele fazer as perguntas, e assim que cada um soube mais sobre o outro voltaram suas atenções à paisagem.
 - Nossa... - falou a princesa.
 - O que?
 - É realmente lindo esse lugar... - falou olhando para cada canto
 - Não tão lindo quanto você... - falou o rapaz a observando. Lorena pôde sentir suas bochechas ficaram vermelhas, então sorriu.
 - O que quer dizer com isso? - perguntou.
 - Quero dizer que não existe nada nesse mundo tão lindo quanto você... - foi a vez do rapaz ficar todo vermelho.
 - Obrigada... - respondeu a princesa ainda vermelha.
  Um silêncio tomou conta do lugar, até Lorena resolver quebrar ele.
 - Sabe de uma coisa?
 - O que?
 - Esses dias eu estava refletindo sobre meus pais, no amor que um sente pelo outro... então pensei que estava na hora de eu encontrar um amor também... - sorriu.
 - Confesso que também fiquei pensando sobre o amor... e minha mãe sempre me fala sobre ele e diz também que quando eu menos esperar o amor vai bater à minha porta...
 - E bateu? - perguntou a princesa tímida. Ross a observou e disse:
 - Acho que sim... e você? Encontrou seu amor? - Lorena o observou e disse:
 - Acho que sim... - os dois então sorriram simultaneamente.
 - Seu sorriso é lindo... - disse o rapaz.
 - O seu também... - os dois foram se aproximando.
 - Princesa...
 - Sim...?
 - Acho que estou apaixonado por você... - Lorena sorriu mais ainda.
 - E eu acho que estou apaixonada por você... - Ross sorriu mais ainda.
  Os dois ficaram se encarando até perceberem que estavam de mãos juntas. Olharam para elas e depois voltaram a se encarar. Então, ainda ambos sorrindo, foram se aproximando mais e mais, até que finalmente um beijo saiu. Foi um beijo apaixonado e intenso. Depois que pararam, se olharam mais uma vez, se abraçaram e ficaram observando a paisagem juntinhos.

Capítulo 5 "O Fugitivo"


{ponto de visão riker}

   Após ter terminado o suposto jantar com Gabs, eu já estava embriagado de tanto vinho e decidi ir para o Dodgers, meu bar favorito e próximo de casa. Já que eu estava no barco da cachaça, nada melhor que aproveitar. Cheguei no bar e enchi a cara de whisky até a manhã seguinte quando decidi ir para casa antes que minha irmã viesse me arrastar pelo colarinho do paletó. Fui indo pela rua principal de Louisiana até chegar no gramado bem cuidado da residência dos Lynch (ou seja... minha casa), cheguei na varanda e decidi me sentar na cadeira de balanço e observar a calma manhã que fazia terminando de tomar meu whisky. Quando ouço berros vindo da sala de estar.
  - RIKER SEU BÊBADO IMUNDO! ISSO É HORA DE CHEGAR EM CASA? - Era minha irmã, Rydel, que mal me vira na varanda e já viera tomar satisfação de onde estava e por que eu tinha chego tão “tarde”.
-Ei, não grite! Estou com dor de cabeça... - Digo em voz baixa cobrindo a cabeça.
-Seu bêbado! Imagina se a polícia te para? Iam puxar tua ficha e você ia puxar a família toda junto! - Ela me diz nervosa. Nesse meio tempo, vejo Gabs em sua moto passando em frente a nossa casa e parando no semáforo, decido acenar e antes que ela pudesse retribuir, Rydel já tinha me puxado para dentro pelos cabelos.
  Ela me puxou para a sala onde meu irmão Rocky e meu cunhado Ratt estavam sentados com cara de que alguém ia tomar no tobson para mim. Afinal, depois de tantos anos eu só voltar de manhã, bêbado era uma surpresa digamos que, desagradável para eles.
- Onde diabos você esteve seu imbecil? Eu fui ao bar ontem e você não estava lá. - Disse Rocky já se levantando na minha direção.
- Eu estava num jantar com uma amiga que não tem nada a ver com vocês. - Digo calmamente ainda de olhos fechados pela claridade vindo da janela. - E por favor, se for fazer um interrogatório, feche a cortina ao menos!
- Queremos nomes seu babaca! E a cortina continuará aberta até você falar! - Ratt exclama em um bom tom.
- Ok! Eu falo, mas não façam nada com ela. - Eles me olharam com cara de nojo.
- Você sempre foi o mais bonzinho né Riker?! - Rocky fala com tom de raiva. - “Por favor não matem ele! Eu o escondo!” “Não façam nada com ela.” - Ele diz com voz de desprezo.
- Aí Riker... O que fazemos com você? - Rydel questiona.
- Podemos mata-lo! - Responde Rocky entusiasmado. - Levamos para o sótão e o deixamos lá.
- Não... Ele pode ser útil... - Diz Rydel me analisando. - Afinal, quem é essa amiga?
- Só falo se prometerem não machucar ela! - Digo firmemente.
- Depende de quem for... Se for alguém insignificante, nós não faremos nada. - Ratt diz com ar de sabe-tudo.
- É a Gabs... - Eles me olham por um instante e se entreolham. - O que foi? Insignificante demais?
- A Gabs freelancer?  Ela até que é bem útil... - Diz Rocky com um ar meio malandro. - Sei que ela tem uma amiga bem curiosa que estava no antigo jornal da cidade hoje cedo...
- Aí eu já não sei. Não falamos muito de amigos... - Digo de cabeça baixa.
-Então quer dizer que andam conversando bastante é? Do que tem falado? Sexo? Bebidas? De como você colocou seu irmão mais novo num manicômio por ele ter visto eu e a Rydel matando o Ryland? ME RESPONDE SEU FROUXO! - Ratt vem para cima de mim com ódio correndo pelas veias.
- Menos aí Ratt! Precisamos deles... - Rocky tira Ratt de cima de mim e continua. - Vivos.
  Após alguns minutos, conto que eu e Gabs tivemos um rolo e eu acabei me envolvendo emocionalmente, só que algum tempo depois ela tinha se afastado de mim e do bar, pois tinha começado a namorar e ficou noiva de um cara do lado sul da cidade. Ele era conhecido como Altes Blut, era chefe de uma gang de motoqueiro chamada Kalte Strabe que aterrorizava o sul de Louisiana. E contei também eu tinha ido jantar com ela no Le’Ratatoille...
- E agora estou aqui, com vocês... Fim. Está bom para vocês? Posso dormir agora? - Digo exausto.
- Ok, pode ir, mas antes...- Rydel segura meu braço. - Se ousar abrir o bico, arranco seu amiguinho aí de baixo e mando para a mamãe, que também está num manicômio. - Ela solta meu braço.
- Não precisa fazer isso, nunca contei nada. - Digo subindo para o meu quarto. - Boa noite. -Subo, tomo um banho, deito na minha cama e começo a refletir sobre isso tudo e se deveria falar com Gabs depois de isso tudo até eu pegar no sono.
    Horas mais tarde, acordo e desço as escadas sem fazer barulho para evitar olhares desconfiados para mim, afinal, eu sou quem mais sai de casa e socializo, devem estar achando que sou traíra e que contei para ela sobre o Ryland e os carambas. Quando chego na cozinha, me deparo com um notebook, com as imagens de quando meu irmão mais novo foi internado. Ele gritava, chorava, se debatia, e como castigo o estupravam ou agrediam com choques muito altos. Me aproximei, fechei o notebook e o levei para o sótão. Então decidi falar com Gabs sobre meus sentimentos, pois achava que meu tempo aqui estava acabando e meus irmãos só estavam esperando a hora certa para me calarem da mesma forma que fizeram com Ryland.
*Mensagem on*
Riker051: Gabs, preciso falar com vc...
Gabs2309: Entao... tbm preciso falar com vc, mas tem que ser de madrugada e do lado do Dodgers...
Riker051: O que quiser e quando quiser. Te encontro de madrugada?   
Gabs2309: Hoje ñ, tenho alguns trabalhos, depois de amanhã p0de ser?
Riker051: Claro, até lá...
*Mensagem off*

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Capítulo 2 "Stolen Heart"

 Já era o outro dia, o da viagem de seus pais, que iriam sair bem cedo. A princesa sabendo disso, acordou mais cedo ainda e preparou uma surpresa para eles, ela, com a ajuda dos cozinheiros, preparou um café da manhã especial. O rei e a rainha, assim que viram logo ficaram bastante felizes com o gesto da filha. Todos sentaram e mesa e comeram, e assim que acabaram, se prepararam para a partida.
   Com tudo já pronto, foram para fora de castelo e se despediram.
 - Boa viagem para vocês, vou sentir saudade! - falou a princesa quase chorando
 - Ora, filha, não chore! Também vamos, e olha só, esses dias vão passar mais rápidos do que você pensa. - falou o rei a abraçando.
 - Seu pai tem razão, logo estaremos de volta. - Sua mãe dessa vez
 - Assim espero! - mentiu.
  Então, o rei e a rainha logo se foram. Lorena, ficou feliz com isso, agora poderia sair sem se preocupar.
  Ela entrou e foi direto para seu quarto. Ficou por lá conversando com Maria até chegar à tarde, onde ia colocar sua ideia em prática. Comunicou com a mulher o que iria fazer, mas ela não gostou muito.
 - Senhorita, não pode sair, sabe disso!
 - E quem vai me impedir? O rei e a rainha não estão no castelo, posso fazer qualquer coisa!
 - Mas e se der problema depois? E se, se meter em alguma confusão? - falou Maria preocupada.
 - Não se preocupe, Maria! Vai dar tudo certo. Confie em mim. - falou determinada.
 - Tudo bem, mas e os guardas?
 - Você pode distrai-los para mim.
 - Eu? Não, não senhorita!
 - Ah, por favor, Maria! Por favor, faz isso por mim! - implorou Lorena quase chorando.
 - Ah, ok! Tudo bem. Com tanto que não sobre para mim depois... - Lorena não podia se conter de felicidade.
 - Obrigada, obrigada, obrigada! - agradeceu à abraçando - e não se preocupe, nada vai acontecer!
 - Bom, seja o que Deus quiser! Vamos, lá! - falou saindo.
 - Espere, deixe só eu por isso. - falou colocando uma capa com capuz - vai que tenha algum guarda por aí, não vamos correr esse risco! - falou sorrindo fazendo Maria rir.
  Então assim foi, as duas saíram do quarto e foram para a entrada principal. Conforme o plano, Maria distraiu os guardas e Lorena logo conseguiu sair. Caminhou até um dos portões, olhou bem para o lado de fora e andou até a aldeia.
  Chegando lá, se admirou com o que viu, pessoas humildes trabalhando para todo o lado. Continuou seu caminho, observando tudo, até chegar em um campo onde havia algumas pessoas e vários cavalos. Foi para perto de um e começou a acaricia-lo, mas de repente, de relance, viu um dos guardas do castelo conversando com um homem. Não pensou duas vezes e saiu dali o mais rápido possível, chegando assim, a outra aldeia. E mais uma vez, caminhou observando tudo, estava tão distraída que nem viu o que vinha pela frente, quando se deu conta, já estava no chão.
 - Aí! - exclamou.
 - Me desculpe... - disse um rapaz.
 - Por que não olha por onde anda? - falou brava.
 - Me desculpe de novo, eu não vi você. - falou dessa vez ajudando Lorena a se levantar.
 - Tudo bem, acho que você não fez por... - assim que olhou melhor para a pessoa que havia a derrubado, seu coração bateu um pouco mais acelerado que o normal. Ele era um rapaz alto, loiro de olhos castanhos esverdeados, e pelas suas vestes parecia um morador humilde do local. O rapaz, por sua vez, ficou a observando com um brilho no olhar, seu coração também bateu mais acelerado que o normal. Lorena, perdida em seus olhos, logo acordou do transe com alguém gritando:
 - Ei, seu ladrãozinho, volte aqui imediatamente! - era um senhor gordo e com um bigode de chamar a atenção, estava vindo em direção aos dois.
 - Essa não! Tenho que ir! - falou correndo.
 - Espere, qual seu nome? - já era tarde, o rapaz já estava longe. Lorena ficou ali com um sorriso bobo no rosto, observando aquele homem gordo correr atrás do rapaz loiro.
  Depois de um tempo refletindo sobre o que houve, pôs-se a caminhar de novo. Andou até o campo mais uma vez, mas para sua sorte, o guarda já não estava mais lá. Ela ficou acariciando os cavalos, deu comida a eles, atreveu-se até a andar em um. E correu tudo bem. Algumas horas depois, ela estava a caminho do castelo, estava passando por uma floresta, quando de repente apareceram três homens a sua frente. Ela logo notou que coisa boa não iria acontecer.
 - Ora, ora... o que temos aqui... - disse um deles.
 - Uma jovem andando por aí sozinha feito você... é perigoso, sabia? - disse com um sorriso amedrontador no rosto.
 - Não se aproximem de mim! - exclamou com medo - se não...
 - Se não o que? Está sozinha, menininha - disse se aproximando e rindo.
 - Vocês por acaso têm ideia de quem sou?
 - Hum... não! - riram - E quem seria você?
 - Sou a filha do rei!
 - Espere... você é uma princesa? - perguntou um deles.
 - Exatamente!
 - Ora, por que não disse antes? - disse o outro - Sabe o quanto você é valiosa?
 - O quanto nos dariam por você? - disse o terceiro - Vamos ficar ricos!
 - Espere, o que? - eles estavam chegando cada vez mais perto - Não, por favor, não façam nada comigo! Por favor, não se aproximem! - disse a princesa agora apavorada.
 - Não se preocupe, se você se comportar nada irá lhe acontecer... - falou com aquele sorriso amedrontador de novo
 - Não, por favor! - gritou
 - Ei! - alguém diz - Vocês não têm vergonha de assustar essa pobre jovem? - quando Lorena olhou para ver quem estava prestes a ajuda-la, teve uma alegre surpresa, era o mesmo rapaz com quem havia trombado antes.
 - Ora, vejam só rapazes, se não é o ladrão da aldeia! - riram.
 - Posso ser ladrão, mas pelos menos não machuco as pessoas! E nem assusto elas com essas caras de burros famintos! - riu.
 - O que você disse? - falou um dos caras já irritado. Os três então, puseram a atacar o rapaz, mas ele era mais rápido e esperto, sendo assim, golpeou os três na cabeça, fazendo com que eles caíssem desmaiados.
 - Você me salvou! Obrigada. - falou Lorena fazendo reverência.
 - Não tem porquê agradecer! - sorriu - só fiz o que qualquer um faria, alias... não podia deixá-los machucar uma moça tão bela quanto você.
 - Obrigada, de novo. - falou dessa vez meio envergonhada - afinal, posso saber o nome do meu herói? - riu.
 - Ah, me desculpe, onde estão meus modos? Me chamo Ross. - falou tirando sua boina e fazendo reverência.
 - Ross... que belo nome. - Sorriu. - Me chamo Lorena.
 - Lorena...? Espera! - disse confuso - Lorena, filha do rei Edgar II?
 - Sim! - sorriu.
 - Oh, essa não... o que faz fora do castelo, princesa? - perguntou espantado.
 - Bom, como eu estava cansada de ficar lá presa, aproveitei que meus pais foram viajar e vim conhecer o mundo aqui fora.
 - Nossa... você não deveria ter feito isso, se eles descobrem...
 - Por que todo mundo tem medo do que pode acontecer se meus pais descobrirem que estou aqui fora? Não vai acontecer nada! Não se preocupe!
 - Bom, sendo assim... bem-vinda ao lado de fora! - riram - o que está achando até agora?
 - Bem agitado! Mas eu gostei até porque... se eu não tivesse saído, não teria esbarrado em você. - disse meio vermelha.
 - Não sei se isso é bom ou ruim... - falou o rapaz fazendo os dois rirem.
 - Bom... com certeza bom... - sorriu. Ele retribuiu o sorriso.
  Os dois ficaram ali sem dizerem uma palavra, apenas se olhando por alguns instantes até que o rapaz resolve quebrar o silêncio dizendo:
 - Me desculpe de novo por lhe ter feito cair. Eu estava meio que com pressa e...
 - O que aquele homem disse, é verdade? - perguntou o cortando.
 - O que?
 - De ter lhe chamado de ladrão. - falou séria.
 - Ah, bom... sim, mas eu posso explicar! - disse o rapaz nervoso.
 - Bom, estou a ouvir. - falou a princesa se sentando na grama, encostando-se a uma árvore.
 - Sério? - perguntou surpreso - Bom... - se sentou também - eu venho de uma família numerosa muito pobre, não temos dinheiro para quase nada, nem mesmo para comer. Então, uma certa vez não aguentando mais, resolvi "pegar" alguns pães para mim e minha família. Desde esse dia, mesmo meus pais não gostando da atitude, roubo comida. Ou isso, ou morremos de fome. - falou triste de cabeça baixa.
 - Nossa, que triste... bom, para mim isso não é errado, afinal, está roubando pois passa necessidades, você e seus familiares. Eu não o condenaria!
 - Sério? Obrigado, eu acho... - falou meio tímido.
 - Oh... está quase anoitecendo! - falou olhando para o céu - Preciso voltar ao castelo!
 - Pois é, por que se seus pais...
 - Por favor, chega de falar deles! - disse mais uma vez o cortando - E outra, não estou preocupada com eles e sim com Maria.
 - Quem é Maria?
 - A arrumadeira. Digamos que ela seja a pessoa que mais cuidou de mim e que mais sabe tudo sobre mim também! - falou se levantando.
 - Ah... - se levantou também - Bom, eu vou lhe acompanhar!
 - Ah, não precisa.
 - Sim, precisa sim! Não quero que nada aconteça a essa bela princesa que é você! - falou o jovem rapaz sem perceber.
 - Tudo bem, então... - disse envergonhada e sorrindo.
  Então os dois se puseram a andar. Pelo caminho todo, tanto Lorena quanto Ross trocavam olhares constantemente. Sempre sorrindo um para o outro.
  "Ai, ai... ele é tão lindo e corajoso... seu sorriso é tão perfeito... seus olhos são tão hipnotizantes... acho que estou apaixonada..., mas, será que realmente encontrei o amor da minha vida?", pensou a princesa.
"Ela é tão linda e doce, a inocência em pessoa... seu sorriso faz com que meu coração bata mais forte... seus olhos, os quais fiquei perdido... acho que estou apaixonado... será que finalmente achei o amor de que tanto minha mãe falava?", pensou o rapaz.
  Mal sabiam eles que sim, já estavam apaixonados um pelo outro. Seus corações batiam em uma bela sincronia. Mas, se esse amor for real, será que vai sobreviver? Lorena vem de uma família da realeza, cheia de riquezas e glórias. Já Ross, vem de uma família muito pobre e humilde. O que o rei irá pensar ao descobrir que sua única filha se apaixonou por um simples plebeu que não tem onde cair morto?
  Continuando o caminho, ainda sim se entreolhando, o jovem casal chega ao castelo. Lorena se despede do rapaz com um beijo em sua bochecha, e quando já estava prestes a entrar, o mesmo a chama:
 - Espere, princesa!
 - Sim? - falou se virando para trás.
 - Me diga, preciso saber, alguma vez a verei de novo? - Lorena sorri e diz
 - Claro que sim, meu herói.
 - Vou esperar ansioso por esse dia. - falou sorrindo.
 - Eu também. Agora preciso ir. Tchau! - falou entrando.

 - Até logo.